A MORTE NAS RELIGIÕES
Um dos sentimentos
humanos mais perturbadores é o medo da morte. Há quem afirme que tal medo foi a
pedra inicial sobre a qual se fundamentou a cultura. O medo de enfrentar esse
momento acompanha o homem desde a infância. Um temor provocado por inúmeras
dúvidas. Será que vai doer? Vou encontrar de novo com minha família? Existe
vida após a morte?
“Ninguém quer morrer,
entretanto, todo mundo morre. É uma eterna contradição. A religião oferece às
pessoas uma esperança de que a vida não termina”. (Renold Blank – prof. teologia Fac. de São
Paulo)
Parar de viver”, ou
“aquilo que cada pessoa aprende que ela é”.
As tentativas
científicas, ou mesmo religiosas, de conceituá-la vão falhar indefinidamente.
No fim das contas, o bem-estar com relação à morte depende da força com que se
acredita no que ela é. O que é a morte?
O que acontece quando a
vida humana finda?
As pessoas ressuscitam
ou reencarnam?
E depois?
Em
todas as religiões a morte não representa o fim
Crenças
cristãs – é uma
passagem, uma transcrição para uma nova vida.
Espiritismo
e Judaísmo – uma
etapa na evolução do espírito.
Um
cético (no sentido
mais estrito) acredita que após a vida, nada existe. Não há arrependimento, não
há saudade, não há lamentos.
O
paraíso é usado como
forma de controle do que se faz em vida. Somente aqueles que se comportaram de
um modo coerente com sua religião podem adentrá-lo. Aqueles que foram
“pecadores” têm outro destino. No caso do catolicismo, você pode fazer todas as
“maldades” que desejar em vida, desde que no último segundo se arrependa
verdadeiramente. A idéia da vida após a morte é uma forma inteligente de
controlar o comportamento das pessoas.
Filosofia - A sobrevivência do espírito humano
à morte do corpo físico e a crença na vida e no julgamento após a morte já era
encontrada na filosofia grega, em especial em Pitágoras, Platão e Plotino. Já
Sartre, filósofo francês, defendia que o indivíduo tem uma única existência.
Para ele, não há vida nem antes do nascimento e nem depois da morte.
Doutrina
niilista - Sendo a
matéria a única fonte do ser, a morte é considerada o fim de tudo.
Doutrina
panteísta - O
Espírito, ao encarnar, é extraído do todo universal. Individualiza-se em cada
ser durante a vida e volta, com a morte, à massa comum.
Dogmatismo
Religioso - A alma,
independente da matéria, sobrevive e conserva a individualidade após a morte.
Os que morreram em 'pecado' irão para o fogo eterno; os justos, para o céu,
gozar as delícias do paraíso.
Budismo
-prega o renascimento
ou reencarnação. Após a morte, o espírito volta em outros corpos, subindo ou
descendo na escala dos seres vivos (homens ou animais), de acordo com a sua
própria conduta.
Hinduísmo
– a alma se liga a
este mundo por meio de pensamentos, palavras e atitudes. Quando o corpo morre
ocorre a transmigração. A alma passa para o corpo de outra pessoa ou para um
animal.
Islamismo
- Alá (Deus) criou o
mundo e trará de volta a vida todos os mortos no último dia. As pessoas serão
julgadas e uma nova vida começará depois da avaliação divina. Esta vida seria
então uma preparação para outra existência, seja no céu ou no inferno.
Espiritismo - Defende a continuação da
vida após a morte num novo plano espiritual ou pela reencarnação em outro
corpo. Aqueles que praticam o bem, evoluem mais rapidamente
Igreja evangélica - Acreditam no
julgamento, na condenação (céu ou inferno) e na eternidade da alma.
Igreja
Adventista do Sétimo Dia
- os mortos dormem profundamente até o momento da ressurreição. Quem cumpriu
seu papel na Terra recebe a graça da vida eterna, do contrário desaparece.
Igreja
Batista -Crêem na
morte física e na morte espiritual.
Catolicismo
- A vida depois da
morte está inserida na crença de um Céu, de um Inferno e de um Purgatório.
Judaísmo
- Crê na
sobrevivência da alma, mas não oferece um retrato claro da vida após a morte, e
nem mesmo se existe de fato
Candomblé- Vê o poder de Deus em todas as coisas
e, principalmente na natureza. Morrer é passar para outra dimensão e permanecer
junto como os outros espíritos, orixás e guias.
Umbanda
- Sofre influências
de crenças cristãs, espíritas e de cultos afros e orientais. Como não existe
uma unidade ou um 'livro sagrado', alguns umbandistas admitem o céu e o inferno
dos cristãos, enquanto outros falam apenas em reencarnação e Carma.
RITOS FÚNEBRES
Há naturalmente os ritos
e os rituais, complexos e envolventes, que devem ser respeitados em todas as
culturas.
Há 50 mil anos que
existe os Ritos Fúnebres até chegar a atualidade, todos os rituais funerários
que hoje se praticam estão baseado em crenças e costumes dos tempos primitivos.
Todos Costumes que a modernização foi transformando.
Os
Ritos Fúnebres estão dividido em duas grandes épocas:
A
primeira baseada no
temor, onde todos os riscos estavam vinculados a crença de que se estas cerimônias
não agradassem aos defuntos estes ficariam na terra e não poderiam descansar na
eternidade.
A
segunda baseada no
sentimento de que todos os ritos e cerimônias eram para honrar o ente querido.