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terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

A ultima carta

Esta é, definitivamente, minha última carta. Os fatos ocorridos nas últimas semanas me forçaram a tomar esta decisão, que no momento vejo como a maior coerente. Quando a conheci, nunca pensei que as coisas tomariam tal rumo. Eu estava nas trevas, num abismo que parecia eterno e ultrapassava as barreiras de meu ser. Naquele sábado, encontrei você, como poderia ter encontrado qualquer outra pessoa. Eu estava a ponto de dar um fim a mim mesmo, sentado nos bancos do fundo daquela igreja, quando você me interpelou com um rosto que, antes de piedade, pareceu-me ser de luz. Minha vida, então, começou a tomar um novo sentido.
Em minha casa, tudo estava no ponto mais absurdo. Meus pais viviam brigando dia e noite, e não se importavam mais comigo e com meus irmãos. Eu não compreendia essa situação e, por isso, lutava desesperadamente para ficar em casa o menor tempo possível. Saía de manhã e só voltava a altas horas da madrugada, quase invariavelmente bêbado. Muitas vezes_ hoje já não mais sinto vergonha de contar_ fui pego na rua por toda madrugada. Bebia , brigava, andava com que, quando pouco, poderia chamá-los de neuróticos, sádicos, violentos.
Também fui, talvez você não soubesse um viciado. Um dia um “amigo”apareceu com tóxicos e eu, por pura ignorância e falta de amor à vida, os tomei e, pior, continuei a fazê-lo. Estava ficando fora de mim mesmo; a cada dia que passava eu mi tornava um pouco mais louco, um pouco mais assassino, um pouco mais infeliz.
Um dia, porém, durante um baile em casa de amigos, encontrei uma grota que muito me chamou atenção: Mônica. Não sei, realmente, o que me levou a ela. Penso, hoje, que o meu caráter abalado foi dominado pelo meu simples e óbvio instinto físico. Ela era atraente, em quase todos os sentidos. Não foi muito difícil chegar-me a ela, pois meu poder aquisitivo sempre fora, até então, a armar irresistível que eu usava para persuadir as pessoas.
Em pouco tempo começamos nosso romance. Tínhamos um contato frio e muitas vezes estranho. Eu resumia meu amor em dar-lhe presentes, em satisfazer-lhe as vontades e, mesmo assim, julgava gostar dela. Ela, porém, era incompreensível. Muito embora eu tivesse mudado, não bebendo tanto e procurando fugir dos meus “amigos” mais perigosos, ela não me ajudava, não apoiava, não dizia nada.
Assim aos poucos, nosso relacionamento tornou-se perigosamente frio e sem sentido; nossos contatos pareciam cada vez mais comerciais, e nossa maior intimidade física nos prendia; a única coisa que aumentava entre nós era o interesse sensual, a busca desenfreada de libertação de instintos num jogo em que não havia vencedores.
Numa noite, entretanto, quando andava sem rumo pelas ruas de meu bairro, algo fatal veio a me acontecer. Vi Monica em um carro com outro rapaz, aos abraços, beijos e carícias. Entendi, então, o que acontecera: tinha sido usado, usurpado por uma pessoa que não tivera o menor sentimento para comigo. Naqueles últimos tempos, embora houvesse tanta frieza em nosso relacionamento, eu ainda julgava amá-la. Aquilo foi para mim o final.
Novamente comecei a me embebedar: e bêbado fui à casa de Mônica e a destratei, chamando-a de miserável, vagabunda, mesquinha. Depois. Saí correndo desenfreadamente pelas ruas sob chuva. Teria morrido se algum carro tivesse cruzado meu caminho.
A partir de então, minha vida voltou praticamente à estaca zero. Não me conformava com aquilo que acontecera; agora eu brigava também em casa, chegando ao ponto de querer espancar meu próprio pai, quando, bêbado, discutia com ele.
O restante acho que você já sabe bem. Aquele cruz que vi na porta, ao passar em frente, me fizera não sei porque, entrar. Sentei-me desconsolado e perdido, chorando, pensando na minha miserável sorte e xingando Deus por ter-me feito o mal; o Deus que para mim só existia quando surgiam coisas ruins. E você, em pé á minha frente, continuava a indagar.
Lembra-se? Você perguntou o que me atormentava, e eu lhe disse apenas que não me incomodas-se que não se preocupasse comigo. Mas você não me ouviu; ergueu-me do banco(a muito custo) e levou-me a um homem que, soube depois, tratava-se de um simples e humano sacerdote. Fiquei por ali, conversando com ele sem compreender como uma pessoa, que eu nunca vira antes, pudesse me ouvir e entender.
Depois, nas várias vezes que liguei a você, eu me sentia cada vez mais homem, mais ser humano. Vi que a sordidez que me cercava nunca me traria um bem, que o mundo estava errado, e eu não sabia. Eu amara desvairadamente uma pessoa, e você depois, friamente, revelou-me que eu amara a mim mesmo, de um modo indiscutível. Cada vez que eu a via, seus olhos me irradiavam uma paz que só os justos possuem; você me ensinava sempre mais.
Nunca hei de esquecer o dia em que você me explicou me convenceu da existência de Deus. Falou-me do Universo, do crescimento igual e belo das plantas, das flores, do incompreensível e admirável mistério da vida, da presença divina em todos os lugares. Eu senti, naquele dia, algo que me espreitava em cada esquina, em cada árvore, em cada ser que me fitava.
Naquela noite eu, que sempre me proclamara um ateu, rezei silenciosamente ao Deus que eu jamais quisera conhecer e pedi perdão do mais fundo de mim. Percebi sua presença ao meu lado de uma maneira tão indubitável que poderia ter tocado nele, se aquele misto de emoção e terror não me paralisasse. Senti alguém perto de mim a respirar e murmurar, um alguém eterno e supremo. Se eu pudesse pedir-lhe alguma coisa, pediria que esvaísse que aquela noite fosse eternamente se estendendo.
Comecei a entender o sentido da palavra “viver”. Eu já não compreendia o modo de viver daqueles que sempre se disseram meus “amigos”. Senti que era vazio, apático, egoísta, desinformado. Vi surgir para mim uma nova época, uma vida que sempre tive na mente como utopia, um sonho maluco e mentiroso. Você fez de mim uma pessoa que acreditava em si mesmo, que confiava naquilo que lhe havia sido dado. Eu percebi que já não me abatia facilmente, que enxergava nas pequenas coisas um pequeno toque de amor, que já não me enganava, mesmo que o quisesse.
Na verdade, eu nunca compreendera o sentido da palavra “ideal”. E repentinamente descobri que eu estava lutando por um. Você, num dado instante, me perguntou por que, então, eu tanto lutava. E me jogou na cara este meu próprio ideal. Nunca imaginei que tanto havia pelo que lutar que tantas criaturas vivem atormentadas, que tão hediondo se encontrava nosso mundo. Via escuridão a cobrir todo este planeta; você era uma chama que teimosamente lutava para iluminar, para dizer não.
A noite de vigília, em que resolvemos ajudar em caravana a todos os indigentes, os desamparados, selou em meu coração tudo aquilo que vinha sistematicamente florescendo. Em cada instante que parávamos o carro, a cada pessoa a quem dávamos um café quente ou um pedaço de pão, eu via um Cristo enorme que nascia do seu coração. Essas pessoas nos agradeciam com tanta sinceridade e felicidade que me senti o homem mais realizado da terra. E aquele homem velho, cheirando a aguardente, depois de receber seu pedaço de pão pegou na minha mão e disse: “Tá vendo, meu filho? Este aqui é o corpo de Deus. É Jesus que veio com você para me alimentar. Como foi bom você ter vindo, meu filho. Como foi bom! Eu chorei. As lágrimas corriam de meus olhos sem nenhuma censura; não sei se de felicidade ou de dor. Meu corpo parecia entorpecido e outra vez percebi a mão de Deus em meu ombro, os olhos de Deus a me fitar através daquele mendigo. Eu já não era mais o de antes.
Desta maneira, não sei se por agradecimento ou emoção, comecei a desviar minha atenção para você. O meu mundo novo, minha vida alegre e saltitante, o sentimento de doação e sua presença começaram a me levar em sua direção. Acho que o fato de ter sido você a pessoa que me levantou, que me mostrou o caminho, que infundiu em mim aquele sentido da vida que cristo quis transmitir a todos nós, foi que jogou-me em sua direção. E eu comecei a aproximar-me de você, a ver em você algo que não percebera em outras garotas.
Nas cartas que lhe escrevi, tentei mostrar-lhe o quanto você valia para mim. Penso, porém, que seria melhor se não o tivesse feito. O que havia em mim já se tornava grande demais para que você pudesse compreender. Eu queria dar tudo de mim, tudo daquele muito que eu tinha. Entretanto, você não estava em condições de receber, não podia receber.
O dia em que você me telefonou e comunicou quase que laconicamente que gostava de outra pessoa, eu sinceramente pensei que ia arrebentar. Senti o chão faltar sob meus pés, uma enorme pedra ser projetada sobre minha cabeça.
Via-me novamente nas trevas e experimentei, por algum tempo, um lugar ao qual não desejava voltar, por nada deste mundo.
Mas, depois, lembrei-me de algumas anotações que fiz durante minha travessia de lá para cá e encontrei ovas forças para recomeçar. Na verdade, hoje sei que, o fato de se gostar de uma pessoa não é algo que sempre depende de nós mesmos, de nossa magnânima vontade. É uma coisa profundamente complexa e aleatória, ás vezes, com um sentido absurdo. Jamais poderei culpar você pelo fato de não gostar de mim do modo que eu queria. Aliás, você mesma me ensinou isto. As coisas na vida não são como desejamos, mas como se nos apresentam. A grande aventura de nossa existência não teria sentido se assim não fosse.
Escrevo desta forma, apenas para não deixar em branco a minha ausência. Sabia que estou muito bem, que o motivo de não mais aparecer no movimento é não só a minha vontade de não criar tensões para você e o Eduardo, mas também o fato de eu já estar ligado á turma daqui da minha paróquia, que precisa muito de mim. Jamais esquecerei do que você fez por mim; do homem que em mim nasceu. Nunca mais voltarei a ser o que era.
Por fim, peço que não perca o sono por minha causa. Eu já superei a má fase; contei muito com o que você mesma me disse. Desejo a você a maior felicidade do mudo as maiores bênçãos de Deus. Que permaneça para sempre com você e o Eduardo a paz que somente ele pode dar.
Adeus. Um eterno abraço do Teleco.
Fim

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

CONTOS DA VIDA REAL (PROJETO ESCOLAR)

PROJETO

Meu livro de pequenas histórias


TEMA:

Pequenas historias da vida real.


PROJETO:

Meu livro de pequenas histórias

TEMA:

Pequena historia da vida real.

DISCIPLINA:

Língua Portuguesa, Educação Artística e Educação Religiosa.

PARTICIPANTE:

Aluno das 8ª serie.

JUSTIFICATIVA:

Despertar no educando a pratica da leitura tem sido um desafio para educadores de todas as séries, do fundamental ao médio, em todos os municípios do nosso pais. Portanto a formação do homem se dar com sua capacidade de raciocinar e por em pratica sua idéias, para o crescimento de si e da comunidade em que vive. Esse crescimento se da quando é dada ao individual a oportunidade de mostrar através de incentivos suas habilidades manuais, de pensar e de incentivar o habito de uma boa leitura para o crescimento do espírito.

Reconhecemos a leitura como ponto de partida na formação de estudantes e / ou profissionais, uma vez que através da leitura que indivíduos têm acesso aos conhecimentos científicos, tecnológicos; que podem conhecer hábitos, costumes ou historias de povos distantes no tempo ou no espaço. Reconhecemos ainda que a leitura é fonte, não só de conhecimento, mas também de prazer.

Na busca pelo prazer encontrado na leitura e, na árdua luta em transmitir esse prazer aos nossos alunos temos desenvolvido diversas atividades e projetos individuais (na turma) e coletivos (com todos os alunos). Reconhecendo que “ler não é decifrar, como num jogo de adivinhações, o sentido de um texto. E a partir do texto, ser capaz de atribuir-lhe significado relacioná-la a todos os outros textos significativos para cada um, reconhecer nele o tipo de leitura que seu autor pretendia e, dono da própria vontade, entrega-se a esta leitura, ou rebelar-se contra elas, propondo outra não prevista”, e na tentativa de encontrar e ensinar aos nossos alunos essa “leitura” que proponho o “projeto MEU LIVRO DE PEQUENAS HISTÓRIAS.

OBJETIVO GERAL:

Estimular o autoconhecimento, desenvolver a criatividade e o pensamento e incentivar a leitura.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  • Compreender o sentido das mensagens escritas, desenvolvendo, sensibilidade para reconhecer a intencionalidade implícita e conteúdos discriminatórios ou persuasivos.

  • Conhecer diversos tipos de textos, sendo capaz de produzir ou reproduzir o que foi lido.

  • Reconhecer sentimentos, experiências e idéias expressos nos textos.

  • Utilizar as linguagens escritas com eficácia, adequando-a as intenções e situações comunicativas.

METODOLOGIA:

Leitura de contos da vida real, coleta e escrita de material, confecções dos livros e digitação e exposição dos livros.

CRONOGRAMA:

Maio junho julho: pesquisa, coleta de material, começo da digitação.

Agosto setembro: digitação, encadernação e entregam.

AVALIAÇÃO:

Trabalho para nota do terceiro bimestre no que vale os 60 pts sendo uma das notas de complemento do bimestre.

A seguir os contos: O primeiro conto da vida real leia e dei sua opinião.



A CADEIRA VAZIA

O dia estava insuportavelmente quente naquele fim de dezembro, não permitindo sequer um ventinho para amenizar a sala de trabalho. O expediente quase no fim proporcionava a Artur, absorto em pensamentos que oscilavam entre a família e o trabalho, um momento de calma para folhear uma lista de preços.

Casado há dois anos, Artur levava uma vida tranqüila junto da esposa Maria Flávia e da filha, que já se impunha como a alegria da casa. A posição de sócio-gerente da empresa, herdada do pai, dava-lhe uma situação econômica estável e bem remunerada, de modo a afastar qualquer preocupação de ordem financeira.

Também o diploma de admirador, conquistado com grande esforço, garantia-lhe certa segurança. E, para completar sua felicidade, a casa própria estava quase pronta, bonita e confortável, no bairro residencial das Paineiras. Árvores e flores bem tratadas rodeavam na, trazendo encanto e poesia àquelas manhãs de verão, quando saía para o trabalho. Esses pensamentos faziam o jovem empresário dar graças a Deus por tamanho sucesso seguido ainda na mocidade, pois apenas completara os seus 30 anos.

Uma chamada ao telefone interrompeu a tranqüilidade de Artur, trazendo-o de volta à realidade.

- Dr. Artur, querem falar -lhe com urgência avisou a secretária.

-Quem é?

-Clínica... Clínica não sei o quê, não entendi.

Artur levou o fone ao ouvido e empalideceu.

-Minha esposa? A senhora tem certeza? Sim, sim. Maria Flávia de Albuquerque...

-Mas ela estava boa... Algum desastre?

-Não senhor limitou-se a dizer a voz tenebrosa do outro lado. É melhor o senhor vir logo; ela reclama sua presença e só está nos causando problemas...

Com as mãos trêmulas, ele anotou o endereço e saiu correndo para o pátio de estacionamento. Manobrou com rapidez o automóvel e, em poucos minutos, encontrava-se num bairro pobre da cidade, à procura da clínica mencionada. Parou diante de uma velha casa.

-É aqui...

Entrou cauteloso, temendo alguma cilada.

-Será isto uma clínica mesmo?

Na primeira sala, deparou com duas moças sentadas em velhos sofás, com um olhar triste, como quem aguarda sentença de morte. Artur percebeu seu nervosismo, pois torciam as mãos, e uma delas tinha até lágrimas nos olhos.

-Minha esposa! Onde está Maria Flávia? Perguntou-lhes.

As duas entreolharam-se indiferentes e nada responderam, como se a sua dor e problemas fossem muito mais importante do que a preocupação daquele desconhecido. Um choro convulsivo vinha de dentro da casa.

-E ela! Que fizeram com minha mulher?

Artur correu desesperado por um corredor escuro e deparou com um homem e uma mulher visivelmente irritados. Vestiam aventais brancos encardidos.

- E o senhor o marido desta mulher? Melhor, então, que a leve, antes que nos dê mais trabalhos! Ali - disse o homem gordo e mal-barbeado, indicando uma saída.

Maria Flávia chorava copiosamente em uma sala, sentada num divã de couro. Notava-se que tomara algum tipo de anestesia ou entorpecente, pois parecia atordoada e falava coisas desconexas. Quando sentiu a presença do marido, agarrou-se a ele, implorando:

-Leve-me daqui, por favor! Perdão, meu bem... Eles são uns brutos... Brutos. Iam me mata... Senti que iam me mata!

Artur, confuso não sabia se carregava a esposa desesperada, ou se interpelava primeiro aquela gente.

-Alguém pode explicar-me o que se passa aqui? –disse Artur, encolerizado.

O homem de avental volto-se e procurou acalmá-lo.

-E melhor o senhor levar a sua mulher. Não aconteceu nada. Isto é só nervosismo. Depois de um bom repouso, sua esposa lhe contará, certamente, o que aconteceu. Poderá explica-lhe melhor do que nós o que a trouxe aqui.

-Quem é o senhor?

-Dr. Altamiro - interveio a mulher de avental branco. Eu sou a enfermeira. O senhor não esta vendo que isto aqui e uma clínica?

- Sua esposa veio por conta própria - continuou o gorducho. Depois arrependeu-se. Não conseguimos realizar nosso trabalho, como já disse. Agora vão, por favor, pois já perdemos muito tempo; temos clientes esperando.

Só então Artur começou a compreender a situação e achou melhor retirar – se. Carregou a esposa até o carro e deu a partida. Maria Flávia estava, ainda, sonolenta e adormeceu. Embora estivesse ansioso por saber a verdade, achou melhor não despertá-la. Em todo o trajeto, porém, sofria com amargas reflexões e hipóteses do porquê de tudo aquilo.

-Por que, meu Deus! Por que Maria Flávia procurou aquela gente suspeita? Não, não é uma clínica regular. Dever ser clandestina, criminosa talvez. Quem a teria recomendado? Minha esposa e tão inteligente! O que terá planejado?

O jovem empresário dirigia aparentemente calmo, mas com o pensamento e cento e cinqüenta por hora.

-Minha Flá querida, o que passou com você? Éramos tão felizes... E a pequena Gislana? O que faríamos sem você? Meu Deus, como a vida da gente pode complicar-se de um momento para o outro! Amanhã, lembramos nosso segundo aniversário de casamento! Que tragédia poria nos acontecer...

-Maria Flávia não estava de todo inconsciente, mas temia despertar e ter de explicar tudo.

Ao esposo, tão bom e dedicado. Durante o trajeto para casa, perdia os sentidos e acordava a cada momento quando dormia vinha-lhe o pesadelo das cenas vividas naquele dia: pela manhã, fora ao supermercado fazer compras; na parte da tarde , preparou-se e saiu, tomando um táxi na Praça da Matriz.

Precisava resolver tudo antes de Artur voltar do escritório. Chegando àquela casa sombria, ficou amedrontada e quis desistir. No entanto, renovou as forças e entrou rapidamente, sentando-se entre duas outras tresloucadas jovens solteiras, estudantes. Lembrava que aquelas meninas queriam como ela, se livrarem de um pesadelo, caindo em outro. Realmente foi isso que aconteceu.

Entre momentos de lucidez e inconsciência, Maria Flávia tentava perceber o que poderia ter levado aquelas jovens ali. Não era pelos mesmos motivos que os seus... Com certeza, o medo, a dúvida, a vergonha dos pais, dois irmãos, da sociedade, a perspectiva de serem mães solteiras, fizeram com que buscassem aquele lugar. Por isso estavam ali, nas garras de pessoas inescrupulosas, que agiam só por dinheiro . Talvez aquele homem nem fosse médico, e aquela casa, uma falsa clínica para explora mulheres de tal situação.

Sentindo os prédios girando á sua volta e o carro parecendo voar, ela se lembrou dos conselhos tão ponderados da tia Valéria, a única a quem confiara o seu segredo:

-Não faça isso, minha filha. Você ficará arrependida pelo resto de sua vida!

Vocês são jovens ainda e podem muito bem criar dois filhos. Recursos não faltam. Por que essa loucura? Você terá um drama de consciência, que não esquecerá tão cedo. Um dia, sentirá a falta do filho sacrificado, do filho que jamais voltará. Pense bem! Você terá para sempre, em casa uma cadeira vazia. É horrível sentar-se à mesa e nota que falta alguém: o filho sem futuro!

Contudo, insistiu na idéia. Faria tudo em segredo. Artur jamais saberia. Ninguém saberia. Pobre cabecinha ingênua! Como esconder um ato tão comprometedor?

Em dado momento, Maria Flávia sentiu-se lúcida novamente e lembrou-se daquele de quem nunca devia ter se esquecido.

-Meu Deus, minha única esperança! Jesus conserve meu filho. Se estiver morto, ressuscite-o como fez com Lázaro, aquele seu amigo de Betânia. Salve meu filho! Eu cuidarei dele com o maior carinho.

Em seguida desfaleceu. Só acordou horas depois quando já repousava em seu quarto. Artur estava ao seu lado, e a babá carregava a pequena Gislana, impaciente pela mamadeira que tardava, Maria Flávia pôde esperar a saída da empregada para abraçar o esposo e pedir-lhe perdão. Entre lágrimas e soluços desabafou.

-Perdão, amor, pela loucura que quase pratiquei...

O marido permanecia confuso.

-Por que, meu bem, por quê?

-Perdão por ter escondido tudo. Você não calcula o quanto sofri nesses dois meses. Estava grávida, e não me conformava... Gislana tem apenas 5 meses!

-Por que não me contou, não pediu me opinião?

-Planejava ver-me livre, pois não conseguia aceitar a idéia de um novo filho agora. Justamente agora que voltei a estudar, e já sonhava com aquele curso de mestrado. Quando vir meus sonhos defeitos, pensei na pior solução que poderia ter procurado. Descobri aquela clínica, aquela gente medonha...

-Bem, mas antes você disse quase...

-Sim, Artur – repetiu Maria Flávia entre soluços. Acho que salvei, em tempo, nosso filho. Deus olho para mim. Suspendi a operação quando me encontrava sob parte da anestesia. O resto você viu.

-E o “médico” não se opôs à sua reação?

-Não se opuseram porque o pagamento foi adiantado.

-Querida, você sempre me confiou tudo. Por que este segredo? Eu também quero esse filho. Vamos fazer tudo para salvá-lo. Nosso médico, O Dr. Fernando, já esteve aqui, quando você dormia. Voltará logo mais para conversar com você. Agora descanse. O repouso absoluto poderá resolver.

Pense que tudo acabou.

Artur passou as mãos pelos cabelos longos da esposa e ao beijá-la sentiu como estava trêmula e tensa.

Com muitos cuidados e bastante repouso, a gravidez de Maria Flávia chegou ao fim. A primavera tinha voltado, e os passarinhos, em bando, pousar no arvoredo do jardim. Maria Flávia ficava horas deitada na espreguiçadeira, entregue à meditação e à leitura. O trauma de um gesto impensado marcou-lhe a mente de forma aterradora. Nesses momentos de repouso, lembrava-se das palavras da tia Valéria, das cenas horríveis presenciadas naquela “clínica”.

Um dia, pensou em contar ao esposo como as palavras da tia a atormentavam. Artur procurou tranqüilizá-la, ponderando, no entanto, a sabedoria das palavras da velha tia.

-Tia Valéria é idosa, sem pouca instrução, mas nem por isso deixa de ter sua sabedoria. O aborto provocado, além de contrariar as leis de Deus e da natureza, e de estar sendo tratado por muitos, com certa leviandade, é crime: atentado contra o direito à vida, que toda pessoa tem. Por isso não pode ser praticado impunemente. Agora, esqueça. Tudo passou... Nosso filho vai nascer; é o que importa.

Ainda naquele setembro, veio à luz um lindo menino – Moisés. Talvez se lembrassem os pais de que o Moisés da Bíblia fora salva das águas, e aquela criança, de uma quase loucura.

Maria Flávia dispensou-lhe todo o carinho possível. Tinha agora um casal de filhos, no entanto, a preferência pelo menino era notada. O marido chegou até a censurar-lhe o procedimento, mas ela alegava que Gislana de nada podia se queixar. Era amada da mesma forma.

Certo dia, na hora do jantar, quando pela primeira vez as duas cadeirinhas foram colocadas junto à mesa, uma dramática lembrança quebrou, um instante, a alegria daquela hora, e Maria Flávia falou:

-Você esta aí meu filho, a cadeira não está vazia!

Depois abraçou-o e beijou-o, varias vezes, numa cena comovente e enternecedora. Moisés, porém, era ainda muito pequeno para entende o significado de tudo aquilo e agradecer a mãe por tê-lo deixado nascer.


Fim




quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2008.

















CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2008

FRATERNIDADE E DEFESA DA VIDA
“Escolhe, pois, a vida” Dt 30, 19
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
ORAÇÃO DA CF 2008
Ó Deus Pai e Criador, em vós vivemos, nos movemos e somos! Sois presença viva em nossas vidas, pois nos fizestes à vossa imagem e semelhança. Proclamamos as maravilhas de vosso amor presentes na criação e na história. Por vosso Espírito, tudo renasce e ganha vida.
Nosso egoísmo muitas vezes desfigura a obra de vossas mãos, causando morte e destruição. Junto aos avanços, presenciamos tantas ameaças à vida. Que nesta quaresma acolhamos a graça da conversão, tornando-nos mais atentos e fiéis ao Evangelho.
ORAÇÃO DA CF 2008
Que o compromisso de nossa fé nos leve a defender e promover a vida no seu início, no seu crescimento e também no seu declínio. Vosso Filho Jesus Cristo, crucificado-ressuscitado, nos confirma que o amor é mais forte que a morte. Como seus discípulos queremos “escolher a vida”.
Maria, Mãe da vida, que protegeu e acompanhou seu Filho, da gestação à ressurreição, interceda por nós,
Amem!

INTRODUÇÃO
CF – Uma história em favor da vida
No espírito do Documento de Aparecida
Concílio Vaticano II – corrupção da civilização
Evangelium Vitae – aumento das ameaças à vida amparadas pelo Estado
Documento de Aparecida
Superação da religião normativa
Escolha da vida como seguimento de Jesus
Luta contra a cultura de morte
OBJETIVO GERAL
Levar a Igreja e a sociedade a defender e a promover a vida humana, desde a sua concepção até a sua morte natural, compreendida como dom de Deus e co-responsabilidade de todos, na busca de sua plenificação, a partir da beleza e do sentido da vida em todas as circunstâncias, e do compromisso ético do amor fraterno.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
§ Desenvolver uma concepção de pessoa (antropologia integral) capaz de fundamentar adequadamente, sem reducionismos, as ações em defesa da vida humana.
Fortalecer a família como espaço primeiro da defesa da vida, através da maternidade e da paternidade responsáveis, do acolhimento aos idosos, doentes e sofredores.
§ Fomentar a cultura da vida, através da educação, para o desenvolvimento pleno da afetividade, a co-responsabilidade entre homem e mulher, e a solidariedade entre todos.
Trabalhar em unidade com pessoas de diversas posições culturais e diferentes religiões na busca da promoção da vida.
§ Desenvolver nas pessoas a consciência crítica diante das estruturas que geram a morte e promovem a manipulação e comercialização da vida humana.
Propor e apoiar políticas públicas que garantam a promoção e defesa da vida.
Crescer na fé, vivida como amor a Deus e amor aos irmãos, respeitando a sacralidade de cada pessoa, imagem e semelhança de Deus e habitação da Trindade, valorizando todos os elementos de defesa da vida presentes em todas as religiões.
PRIMEIRA PARTE
VER
ENTRE ACULTURA DA VIDAE A CULTURA DA MORTE
A PESSOA HUMANA E A CULTURA DA MORTE
Um olhar integral sobre a pessoa humana
Desejo de felicidade unitária ou fragmentada
Consciência pessoal e dignidade humana
Desejo de liberdade
A pessoa humana, o amor e a vida
Desejo de amar e ser amado
Maturidade afetiva e sexualidade
Influência dos meios de comunicação social
A PESSOA HUMANA E A CULTURA DA MORTE
Os valores da cultura da morte
Autonomia do indivíduo
Êxito, sucesso individual
Redução da participação política e social
Valor utilitarista da pessoa humana
Consumismo, egoísmo, materialismo e imediatismo

A PESSOA HUMANA E A CULTURA DA MORTE
Os desafios da ciência e das novas tecnologias
Ciências e interesse de mercado
Ciências dependentes de novas tecnologias
Pesquisa e violação de direitos humanos
Muitas promessas e poucos resultados

A PESSOA HUMANA E A CULTURA DA MORTE
Um olhar sobre a juventude
Pobreza, exclusão, alienação e suicídio
Crise familiar, carências e conflitos emocionais
O mundo das prisões
Recintos desumanos
Escolas do crime
Incapacidade de reeducação
VIDA, AFETIVIDADE E SEXUALIDADE
Os tempos atuais e o papel da sexualidade na vida humana
Satisfação de necessidades e prazeres
Luta entre prazer e repressão
Sublimação ou contestação de valores
Liberdade sexual como exigência de mercado
Compromisso entre afetividade e sexualidade
VIDA, AFETIVIDADE E SEXUALIDADE
Afetividade, sexualidade, contracepção, prevenção e defesa da vida
Liberdade sexual, DSI e gravidez indesejada
Métodos de prevenção de gravidez e/ou DSI
Visão tecnicista da realidade e da pessoa
Educação, grupo social, fatores econômicos e perda do sentido da sexualidade
Valorização da pessoa e da fidelidade
A VIDA NÃO NASCIDA
A origem da vida
Fecundação
Relações entre mãe e filho
Identidade de cada pessoa
O aborto
Interrupção da gravidez até a 20a ou 22a Semana
Provocado ou espontâneo
No Brasil é crime: Art 128 do Código Penal
Casos em que o aborto não é punido no Brasil
Para salvar a vida da mãe
Em caso de estupro
Projeto de Lei
Projeto 1135/91 – Revogação do art 124 do Código Penal
O aborto entendido como direito
O aborto e a saúde pública
Causa de mortes
O discurso: milhares de mortes por ano causadas por abortos clandestinos
Datasus – provavelmente entre 70 e 108
Altos custos com curetagens
O discurso: 230 mil internações por ano
Datasus – este dado refere-se a todos os casos e não apenas os de aborto clandestino
Curetagem custa mais barato que aborto

A VIDA NÃO NASCIDA
O aborto como “mal necessário”
Argumento: alto número de abortos clandestinos justificam a lei
Resposta: a ética não é determinada pelo número de casos. Ex: mundo das drogas
Argumento: em alguns casos, melhor para a criança e para a mãe
Resposta: para a mãe, o aborto traz problemas e para a criança, a morte nunca é o melhor
O problema do machismo
O financiamento externo para a liberação do aborto
O desejo de ter filhos e a reprodução assistida (o bebê de proveta)
As células tronco
A eugenia, seleção de sexo e o projeto dos pais em relação aos filhos

A VIDA, O SOFRIMENTO E A MORTE
A vida diante do sofrimento
O sofrimento como parte da condição humana
Assumir o sofrimento gera crescimento pessoal
A morte e a dignidade da pessoa
Morte é diferente de morrer
Suicídio, eutanásia, distanásia, mistanásia
O morrer no atual contexto cultural
A SOCIEDADE E AS AMEAÇAS À VIDA
A ameaça da pobreza
Falta de recursos básicos
Precariedade dos serviços públicos de saúde
Falta de instrução
Questão da sustentabilidade do Estado
Superação da exclusão social
A ameaça da violência
Violência Urbana
Situação dos presídios
Periferias, crime e tráfico de drogas
Preconceitos contra a pobreza
AS AMEAÇAS À VIDA E O MEIO AMBIENTE
A questão ecológica e o valor da vida humana
A questão demográfica e a vida humana
Por que o crescimento populacional é diferente em países pobres e países ricos?
SEGUNDA PARTE
JULGAR
DEUS INDICA OCAMINHO DAVIDA
A VIDA, DOM DE DEUS
A beleza da vida nos conduz a Deus
A criação nos revela Deus
Devemos descobrir o sentido mais profundo de todas as coisas
A vida é sempre um bem
A vida é manifestação de Deus
O ser humano é a maior expressão do bem que é a vida
A VIDA, DOM DE DEUS
A compreensão da pessoa humana a partir do Livro do Gênesis
Capaz de refletir sobre si e sobre o mundo
Ser livre e em relação
Intimidade, consciência, liberdade e auto-transcendência
Chamado à comunhão e à reciprocidade
Relações homem-mulher
O próprio Deus indica o caminho da felicidade e da vida
Amar a Deus e andar em seus caminhos
Decisão incondicional a favor da vida
Fé em Jesus Cristo
O Ressuscitado venceu a morte
O ENCONTRO COM CRISTO NOS CONVIDA A ESCOLHER A VIDA
Uma postura de acolhida
O Bom Pastor se coloca a serviço da vida
Aproxima-se de todos
Superação do subjetivismo hedonista
O Bom Pastor e a dignidade da pessoa humana
Valor único e irrepetível
Não pode ser tirada
A VIDA NO ESPÍRITO E A IGREJA
A Sagrada Escritura nos revela o Deus da Vida
O valor da vida e a dignidade humana na história da Igreja
A igualdade entre todas as pessoas
A Filosofia cristã
Os documentos da Igreja
DISCERNIMENTO ENTRE OS CAMINHOS DA VIDA E OS CAMINHOS DA MORTE
Discernimento sobre a pessoa humana
Totalidade corporal, psíquica e espiritual
Transcendência humana
Compreensão existencial que possibilita a liberdade
Discernimento diante dos avanços das ciências
Finalidade das ciências: bem de todos
Nem tudo o que é possível, é bom
Importância da ética nas ciências
Discernimento diante da esterilidade conjugal
O filho é um dom, e não um direito
Novos métodos para concepção
Podem favorecer a vida
Podem ser um atentado contra a vida
DISCERNIMENTO ENTRE OS CAMINHOS DA VIDA E OS CAMINHOS DA MORTE
Discernimento diante da gestação indesejada
O falso discurso do “mal menor”
Direito à vida para todos
Um erro não justifica outro
Papel das pessoas e da sociedade
Responsabilidade dos profissionais de saúde

DISCERNIMENTO ENTRE OS CAMINHOS DA VIDA E OS CAMINHOS DA MORTE
Discernimento diante da manipulação do embrião
Toda pessoa humana deve ser protegida no plano ético e jurídico
Nenhuma pessoa humana pode ser reduzida a objeto de pesquisa

DISCERNIMENTO ENTRE OS CAMINHOS DA VIDA E OS CAMINHOS DA MORTE
Discernimento diante da vida afetivo-sexual
Integração da sexualidade na pessoa
Compromisso de fidelidade
Discernimento diante da pobreza
Indignidade da exclusão social
Luta por melhores condições de vida

DISCERNIMENTO ENTRE OS CAMINHOS DA VIDA E OS CAMINHOS DA MORTE
Discernimento diante da violência
Criar espaços de acolhida
Negação do uso da força
Discernimento diante do sofrimento
Descobrir seu valor e sentido
Ajuda na realização plena da pessoa
Critérios de ação a partir da Palavra
Solidariedade divina
DISCERNIMENTO ENTRE OS CAMINHOS DA VIDA E OS CAMINHOS DA MORTE
Discernimento diante da morte
A morte e o morrer
A morte como o grande momento da vida
Cuidados paliativos
Rejeição da eutanásia e a obstinação terapêutica
Morte humanamente vivida: ortotanásia
TERCEIRA PARTE
AGIR
A EXIGÊNCIA DA CARIDADE
Defesa da vida
Superação de moralismos
A partir da experiência da pertença a Cristo
Caridade e transformação social
Promoção humana como processo integral
A EXIGÊNCIA DA CARIDADE
Uma postura de acolhida e de discernimento diante das ameaças à vida
Acolher gratuitamente todas as pessoas
Discernir e optar pela cultura da vida
Desenvolver a espiritualidade da vida
Relacionamento com o Deus da Vida
Respeito à sacralidade de cada pessoa
CONSCIENTIZAR E AGIR PARA DESENVOLVER A VIDA
Renovar a consciência da cultura da vida nas comunidades cristãs
Interrogações em âmbito eclesial
Discutir os problemas fundamentais da vida
Ser voz de quem não tem voz
Superação do individualismo e do subjetivismo
Superação de antropologias reducionistas
CONSCIENTIZAR E AGIR PARA DESENVOLVER A VIDA
Conscientizar através de uma educação afetivo-sexual integral
Exercício livre, responsável e maduro da sexualidade
Descoberta da riqueza da sexualidade e suas implicações
Sexualidade como capacidade de comunicação e comunhão
CONSCIENTIZAR E AGIR PARA DESENVOLVER A VIDA
Conscientizar para o valor da família
A família como escola de humanização
A família como lugar de acolhida
Incentivar a reflexão nos ambientes acadêmicos, científicos e técnicos
Contribuir para melhora da qualidade de vida
Contribuir para compreender a natureza
Sem violar a pessoa e a natureza
CONSCIENTIZAR E AGIR PARA DESENVOLVER A VIDA
Atuar junto aos meios de comunicação social
Ética nas discussões das grandes questões nacionais
Formação da consciência crítica
Usar da mídia para defender e promover a vida
AÇÕES DA COMUNIDADE PARA DEFENDER A VIDA
Acolher a gestante em dificuldade e seu filho
Buscar soluções para situações de risco iminente
Agir com a prontidão e a urgência que a caridade exige
Apoiar os menores em situação de risco
AÇÕES DA COMUNIDADE PARA DEFENDER A VIDA
Trabalhar junto às pastorais desenvolvendo a ação em defesa da vida
Preparação sólida
Exortar, animar e subsidiar as pastorais
Importância das pastorais sociais

A TRANSFORMAÇÃO DAS ESTRUTURAS VISANDO UMA VIDA DIGNA PARA TODOS
As obras de caridade e a defesa da vida
As obras da Igreja
As obras do poder público
As ONGs
As instituições particulares
Princípio da subsidiariedade

A TRANSFORMAÇÃO DAS ESTRUTURAS VISANDO UMA VIDA DIGNA PARA TODOS
Políticas públicas, participação política e defesa da vida
Respeito à vida
Criar condições para vida digna e justa para todos
A TRANSFORMAÇÃO DAS ESTRUTURAS VISANDO UMA VIDA DIGNA PARA TODOS
A salvaguarda da Paz
Salvaguarda dos bens das pessoas
Livre comunicação entre os seres humanos
Respeito pela dignidade das pessoas e dos povos
Prática assídua da fraternidade