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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

NATAL VERDADEIRO


NATAL VERDADEIRO
A festa do Natal é a mais concorrida celebração de um nascimento. Nela, tomam parte multidões incalculáveis que se espalham pelos quadrantes do universo. Jesus veio ao mundo na pobreza de uma gruta, em Belém, situada a sete quilômetros ao sul de Jerusalém. A luz acesa há dois mil anos atrás atingiu, em nossos tempos, os mais distantes e recônditos lugares da Terra. Hoje, incorporou-se à cultura da humanidade, a tal ponto que alcança mesmo quem não professa a fé cristã, viva ou não a mensagem trazida pelo Salvador. Sem dúvida, em nossos dias, está profundamente deturpada. Chegou-se ao paradoxo de comemorar o nascimento, mas à margem do nascituro. A Criança é substituída por interesses, valores opostos à mesma Criança de Belém. Muitos não percebem o ridículo dos festejos em torno de um berço vazio.
Afastando o imenso entulho que encobre a extraordinária realidade do que ocorreu na Gruta de Belém, vamos encontrar toda a beleza ou, pelo menos, vestígios da grandiosidade do que ainda sobrevive em meio às festividades, distanciadas do Evangelho. Deus veio redimir o homem, oferecer a Salvação, mas a criatura, cega pelos instintos, deixa de lado a riqueza infinita que nos é proporcionada pelo Redentor.
Em meio à atroada de uma sociedade enlouquecida, necessitamos do silêncio da Manjedoura. Ao lado de fulgurante iluminação que nos deslumbra e cega, a visão dos valores eternos deve ser acentuada. O autêntico presépio, em sua pobreza eloqüente, fala-nos da caducidade dos bens terrenos e nos convida ao desapego do que é transitório. O Natal é a exaltação do homem, sua dignidade, pois um ser humano é assumido pelo Verbo de Deus: duas naturezas, uma só pessoa.
Para descobrir a beleza da celebração do Nascimento de Jesus, impõe-se visitar a Gruta de Belém, reproduzida em imensa variedade de expressões. Através da arte mais requintada, até a simplicidade do pobre, do pequeno, é revelada a grandiosidade espiritual do Natal do Filho de Deus, que veio nos salvar. Para isso é necessário mortificar o consumismo exagerado, o afã das compras às custas do grande acontecimento e abrir o coração às graças do Divino Menino.
Essa extraordinária festividade tem suas raízes na Igreja primitiva. Quando Etérea, em sua peregrinação pelos Lugares Santos, no século IV, visitou Jerusalém, a Natividade de Jesus era celebrada a 6 de janeiro, como parte da Epifania. Os reis magos representam a humanidade que assim tomou conhecimento do advento do Filho de Deus, nascido da Virgem Maria. Descreve, em seus escritos que chegaram até nós, a ida a Belém, do bispo de Jerusalém com o clero e os habitantes da cidade vizinha, para o solene ofício religioso, na Gruta da Natividade. Às 24 horas, processionalmente, retornavam e cantavam o Ofício de Matinas. Antes do alvorecer, nova reunião, para a Eucaristia. Roma imitou esse costume, com o papa em Santa Maria Maior, à meia-noite, celebrando o Santo Sacrifício da Missa.
A comemoração do nascimento de Jesus, como festa separada da Epifania, teve início na primeira metade do século IV, em Roma e, a seguir, no Oriente. Embora a Sagrada Escritura não seja uma obra biográfica, há, sim, a preocupação de afirmar o fato histórico do nascimento do Verbo Encarnado: "Naqueles tempos, apareceu um decreto de César Augusto ordenando o recenseamento de toda a Terra. Esse recenseamento foi feito antes do governo de Quirino, na Síria. Todos iam alistar-se, cada um na sua cidade. (...) E deu à luz seu filho primogênito e, envolvendo-o em faixas, reclinou-o num presépio; porque não havia lugar para eles na hospedaria" (Lc 2,1-7). Com segurança, o nascimento de Jesus é um fato histórico. O ano e o dia, sabemos somente de forma aproximativa. 25 de dezembro, depois de muito exame, foi considerado o mais provável. E nessa escolha pesou conveniência de ordem pastoral.
O Patriarca São Sofrônio, que morreu em torno do ano 638, em um sermão se refere à aceitação, em Jerusalém, do dia 25 de dezembro, separado da Epifania, 6 de janeiro, como um costume oficiado em toda a cristandade. Por um sermão de São João Crisóstomo, sabe-se que, em 376, já se celebrava, em Antioquia, nesse dia, a vinda de Jesus ao mundo. E no Ocidente, Santo Ambrósio, mais de uma vez, nos dá notícias dessa festa litúrgica na mesma data de nossos dias. Entre os anos 336 e 354, um historiador, que se conhece apenas pelo nome de "Cronógrafo", anota esse dia e mês como do "nascimento de Cristo, em Belém de Judá".
Certamente, muito contribuiu para fixar esta data o seguinte acontecimento no universo pagão. O imperador Aureliano (270-275) tomou diversas medidas para fortificar o Império Romano e sua unidade. Entre outras, reorganizou o culto religioso, levou o deus Sol à mais importante dignidade. O dies natalis solis invicti (o dia do nascimento do deus Sol, nunca vencido) ocorria imediatamente após o solstício do inverno, a 25 de dezembro. A Igreja em Roma substituiu os grandes festejos do paganismo pelos de um outro Sol, já prenunciado por Malaquias (Ml 3,20): "Mas, para vós que temeis o meu nome, brilhará o sol da justiça, que tem a cura em seus raios." Para fugir das festas do paganismo e sem despertar suspeitas em tempos de perseguição religiosa, os cristãos comemoravam no mesmo dia o nascimento de outro Sol: Jesus Cristo.
Essa tradição multissecular é de extraordinária riqueza espiritual e humana. Fala da bondade infinita de Deus, que veio nos salvar. O presépio é uma fonte de paz, de alegria, de bondade. Não pode ser conspurcada por sentimentos subalternos. Restaurar a celebração autêntica do nascimento de Jesus é um desafio que nos vem proposto cada ano. Vamos aceitá-lo e celebrar condignamente o nascimento de Jesus.

A ANUNCIAÇÃO

 A ANUNCIAÇÃO
A Anunciação à Maria inaugura "a plenitude dos tempos", o tempo do cumprimento das promessas e preparações de Deus. Maria foi convidada a conceber aquele que habitará "corporalmente a plenitude da divindade". Esta solenidade marca o momento quando o próprio Deus começou a redimir o nascituro e todos nós que um dia fomos nascituros transformando-se em um. Jamais um nascituro pode ser considerado muito pequeno para ser insignificante ou para possuir direitos, pois o próprio Deus foi pequeno.
Aquela que aceitou a "Vida" em nome de todos e pelo bem de todos foi Maria, a Virgem Mãe, assim, ela está associada mais intimamente e pessoalmente como o Evangelho da Vida. O consentimento de Maria na Anunciação e sua maternidade estão bem no começo do mistério da vida que Cristo veio conceber em humanidade ( Jo 10,10). Pela sua aceitação e cuidado amoroso pela vida do Verbo Encarnado, a vida humana foi resgatada da condenação à morte final e eterna".
A Anunciação conduz ao reino da vida no qual encontramos a vitória final sobre as forças da morte em nós e em nosso mundo.
O "sim" dito no dia da Anunciação encontra maturidade total no dia da Cruz, quando chega o tempo de Maria receber e tomar como seus filhos todos aqueles que se tornam discípulos"
Esta festa nos ensina a fecundidade da auto-doação. Maria disse "sim" a algo que era difícil, e continua com o "sim" até mesmo quando a aceitação do sofrimento é extrema. Isto é precisamente o oposto do comportamento que evita a responsabilidade - um comportamento que encontra seu ápice no aborto.
A anunciação do anjo à Maria é emoldurada por estas palavras encorajadoras: "Não tenhas medo, Maria" e "pois para Deus nada é impossível" (Lc 1,30.37.) O papel da Virgem Mãe é na verdade difundido pela certeza de que Deus está ao seu lado e que ele a acompanha com seu cuidado providencial".
O que aconteceu na Anunciação supera o medo e o desespero que levam à violência. Se diz que o deus falso transforma sofrimento em violência, enquanto que o verdadeiro Deus transforma violência em sofrimento. Maria, no seu "sim", dá coragem à todas as mães que sabem que ser mãe irá envolver algum tipo de sofrimento. Ela assegura-as de que elas não estão sozinhas. A comunidade cristã, seguindo o exemplo de Maria, acompanha estas mães em suas orações e em suas atividades de caridade, fornecendo alternativas para o aborto.








































sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Querido sobrinho Vicktor


Santarém 10/11/2011
Querido sobrinho Vicktor
Olá! Como você está ?
Você deve estar felicíssimo pelo termino desta primeira etapa dos seus estudos. Pense sempre. Não e o termino e o reinicio de muitos e muitos outros sucessos que virão através de seus estudos.
Queremos parabenizá-lo pelo sobrinho que você e; esforçado dedicado e levando a serio tudo oque e relacionado a sua aprendizagem. Parece que foi ontem que o vimos crianças. Sempre lembro de você deitado no sofá de sua casa cantando o Pai nosso do padre Marcelo Rossi, eu ficava com um aperto no coração sem saber o que se passava nessa sua cabeça de criança. Acredite, Deus ouviu o seu pedido e derramou bênçãos sobre você. Ele jamais desampara os seus filhos.
Vicktor continue buscando a sabedoria. A educação e a única herança que terá e jamais será tirado de você. Através dela você alcançará tudo que almejares.
Nos estamos orgulhosos por você. Imagino a alegria e as batidas forte do coração do seu Pai. Tenha certeza também que sua Mae la de cima sempre esteve ao seu lado intercedendo por você. Imagine aquele sorriso lindo te acariciando e beijando-o.
Enfim desejamos toda a felicidade do mundo.
Vicktor, os sonhos só serão realizados para aqueles que acreditam, buscam e enfrentam os desafios da vida. Por isso nunca desista dos seus sonhos. Continue lutando coloque-se sempre diante de Deus. Ele e a luz que brilha em nosso caminho.
São as felicitações de suas tias e primos.
Beijos.........

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Estudo básico sobre a Bíblia O QUE É A BÍBLIA?

Estudo básico sobre a Bíblia
O QUE É A BÍBLIA?

Ao contrário do que parece à primeira vista, a Bíblia não é um livro único e independente, mas uma coleção de 73 livros, uma minibiblioteca que destaca o a aliança e plano de salvação de Deus para com a humanidade. É interessante observar que alguns livros possuem poucas ou até mesmo uma única página escrita, mas mesmo assim são considerados como livros.
A própria palavra Bíblia provém do grego biblos e significa livros, o que bem demonstra não ser a Bíblia um livro único. Assim, quando usamos hoje a palavra "Bíblia" nos referimos a esse conjunto de 73 livros.
Às vezes, também a chamamos de Sagradas Escrituras ou tão somente Escrituras e tratam de diversos assuntos: orações, rituais, história, sabedoria, exortações e até mesmo poesia... Tudo em grande harmonia já que inspirada por Deus relacionando o homem com o único e verdadeiro Deus, e vice-versa.
A Bíblia é muito antiga: sua redação começou por volta do séc. XV A.C. e somente se encerrou no final do séc. I D.C.. Esse é, aliás, o motivo pelo qual muitas passagens são difíceis de serem compreendidas, obrigando-nos, às vezes, a recorrer a cursos bíblicos ou outros livros de apoio.


QUEM ESCREVEU A BÍBLIA?

Já dissemos em nosso artigo "O que é a Bíblia?", que ela foi totalmente inspirada por Deus. Para definirmos inspiração, preferimos seguir o conceito descrito por São Tomás de Aquino:

"É a ação de Deus, movendo e dirigindo o autor na produção do livro, preservando-o de erros, de forma que é Deus o autor e o homem mero instrumento usado para escrever" (2Quodlibetales, VII,14,5)
Vemos, assim, que os livros da Bíblia foram escritos por homens movidos pela ação direta de Deus, de forma a prevenir erros, fazendo que aceitemos Deus como autor principal e o homem como autor secundário. O homem é instrumento de Deus e é movido e dirigido por Ele.
Porém, não devemos confundir inspiração com revelação: a revelação ocorre quando Deus mostra ou descobre ao homem verdades de fé; a inspiração, como vimos, é o ato de Deus mover o homem a escrever verdades de fé, assistindo e preservando seus escritos do erro.
O fato de Deus de ter inspirado homens, não significa, contudo, que tenha anulado a inteligência e a liberdade do ser humano. Sobre isso, ensina-nos o Magistério da Igreja:
"Na redação dos livros sagrados, Deus escolheu homens, dos quais se serviu fazendo-os usar suas próprias faculdades e capacidades a fim de que, agindo Ele próprio neles e por eles, escrevessem, como verdadeiros autores, tudo e só aquilo que Ele próprio quisesse" (Dei Verbum, 11).
Mas por que Deus inspiraria seres humanos para elaborar a Bíblia??
Ora, Deus é nosso Criador e nos criou por amor! Inspirando alguns santos homens a escrever tais livros, deu à religião uma base divina, absolutamente correta, já que, por serem inspirados, os livros da Bíblia são a própria Palavra de Deus, em toda a sua essência e força.
Já que foram escritos por homens, de forma que podemos entender seu conteúdo, foram usadas linguagens humanas. Quase todas as Bíblias modernas trazem logo na primeira folha as três linguagens que foram usadas para compô-la: o hebraico, o aramaico e o grego. O hebraico foi usado para a redação de quase todo o Antigo Testamento; o aramaico (língua falada na Palestina na época de Jesus) foi usado para alguns pequenos trechos do Antigo Testamento e, segundo alguns estudiosos, para o original do Evangelho de Mateus; o grego comum (koiné), por fim, foi utilizado para escrever alguns poucos livros do Antigo Testamento e para todo o Novo Testamento.
Quais livros que formam a Bíblia?
Como está dividida?
A Bíblia está dividida em duas grandes partes:
  1. Antigo Testamento: Que são todos os livros escritos a partir do séc. XV a.C. até o nascimento de Cristo. Contém a Lei de Deus dada a Moisés, a história do povo de Israel e suas reflexões, bem como a previsão da vinda do Messias, que se deu com a vinda de Jesus Cristo.
  2. Novo Testamento: Que são todos os livros escritos após a vinda de Jesus até o final do séc. I d.C.. Traz a vida e as obras de Jesus, a criação e a expansão da Igreja, além de documentos de formação do povo cristão.
Essas duas grandes divisões estão, ainda, subdivididas de acordo com o conteúdo dos livros. Temos assim, para o Antigo Testamento:
  1. Livros da Lei: também chamados de Pentateuco, isto é, os "cinco livros" de Moisés, que abrem a Bíblia, e falam da Criação de Deus e da formação de seu Povo Eleito: Israel.
  2. Livros Históricos: são os livros que descrevem as guerras de Israel, bem como a história de seus reinos.
  3. Livros Didáticos: ou sapienciais, apresentam a sabedoria e poesia dos hebreus.
  4. Livros Proféticos: foram escritos por profetas que pregavam o arrependimento e preparavam o povo eleito para a chegada do Messias Salvador.
enquanto que, para o Novo Testamento, temos:
  1. Livros do Evangelho: narram a vida, os ensinamentos, os milagres e a obras do Messias Jesus Cristo.
  2. Livro Histórico: apresenta a instituição e expansão da Igreja Cristã, primeiro na Palestina e, a seguir, no mundo até então conhecido.
  3. Epístolas: são as doutrinas e exortações escritas por alguns Apóstolos de Cristo e encaminhadas a comunidades ou fiéis cristãos.
  4. Livro Profético: traz a vitória de Cristo e sua Igreja sobre as forças do mal e o juízo final.
Os livros que compõem a Bíblia são 73, sendo 46 do Antigo Testamento e 27 do Novo Testamento. São eles:
  1. Gênese
  2. Êxodo
  3. Levítico
  4. Números
  5. Deuteronômio
  6. Josué
  7. Juízes
  8. Rute
  9. Samuel - Livro I
  10. Samuel - Livro II
  11. Reis - Livro I
  12. Reis - Livro II
  13. Crônicas - Livro I
  14. Crônicas - Livro II
  15. Esdras
  16. Neemias
  17. Tobias
  18. Judite
  19. Ester
  20. Macabeus - Livro I
  21. Macabeus - Livro II
  22. Salmos
  23. Provérbios
  24. Eclesiastes
  25. Cântico dos Cânticos
  26. Sabedoria
  27. Eclesiástico
  28. Isaías
  29. Jeremias
  30. Lamentações de Jeremias
  31. Baruc
  32. Ezequiel
  33. Daniel
  34. Oséias
  35. Joel
  36. Amós
  37. Abdias
  38. Jonas
  39. Miquéias
  40. Naum
  41. Habacuc
  42. Sofonias
  43. Ageu
  44. Zacarias
  45. Malaquias
  46. Evangelho de Mateus
  47. Evangelho de Marcos
  48. Evangelho de Lucas
  49. Evangelho de João
  50. Atos dos Apóstolos
  51. Epístola aos Romanos
  52. 1ª Epístola aos Coríntios
  53. 2ª Epístola aos Coríntios
  54. Epístola aos Gálatas
  55. Epístola aos Efésios
  56. Epístola aos Filipenses
  57. Epístola aos Colossenses
  58. 1ª Epístola aos Tessalonicenses
  59. 2ª Epístola aos Tessalonicenses
  60. 1ª Epístola a Timóteo
  61. 2ª Epístola a Timóteo
  62. Epístola a Tito
  63. Epístola a Filemôn
  64. Epístola aos Hebreus
  65. Epístola de Tiago
  66. 1ª Epístola de Pedro
  67. 2ª Epístola de Pedro
  68. 1ª Epístola de João
  69. 2ª Epístola de João
  70. 3ª Epístola de João
  71. Epístola de Judas
  72. Apocalipse de João






























COMO SÃO FEITAS AS CITAÇÕES BÍBLICAS?
É comum abreviarmos os nomes dos livros da Bíblia para facilitar a citação de certas passagens. Em geral, os católicos adotam o seguinte elenco de abreviaturas:
ANTIGO TESTAMENTO
Pentateuco
Gn
Livro da Gênese


Ex
Livro do Êxodo


Lv
Livro do Levítico


Nm
Livro dos Números


Dt
Livro do Deuteronômio

Históricos
Js
Livro de Josué


Jz
Livro dos Juízes


Rt
Livro de Rute


1Sm
1º Livro de Samuel


2Sm
2º Livro de Samuel


1Rs
1º Livro dos Reis


2Rs
2º Livro dos Reis


1Cr
1º Livro das Crônicas


2Cr
2º Livro das Crônicas


Esd
Livro de Esdras


Ne
Livro de Neemias


Tb
Livro de Tobias


Jud
Livro de Judite


Est
Livro de Ester


1Mc
1º Livro dos Macabeus


2Mc
2º Livro dos Macabeus

Sapienciais
Livro de Jó


Sl
Livro dos Salmos


Pr
Livro dos Provérbios


Ecl
Livro do Eclesiastes


Ct
Cântico dos Cânticos


Sb
Livro da Sabedoria


Eclo
Livro do Eclesiástico

Proféticos
Is
Livro de Isaías


Jr
Livro de Jeremias


Lm
Livro das Lamentações


Br
Livro de Baruc


Ez
Livro de Ezequiel


Dn
Livro de Daniel


Os
Livro de Oséias


Jl
Livro de Joel


Am
Livro de Amós


Ab
Livro de Abdias


Jn
Livro de Jonas


Mq
Livro de Miquéias


Na
Livro de Naum


Hab
Livro de Habacuc


Sf
Livro de Sofonias


Ag
Livro de Ageu


Zc
Livro de Zacarias


Ml
Livro de Malaquias
NOVO TESTAMENTO
Evangelhos
Mt
Evangelho segundo Mateus


Mc
Evangelho segundo Marcos


Lc
Evangelho segundo Lucas


Jo
Evangelho segundo João

Atos
At
Atos dos Apóstolos

Epístolas
Rm
Epístola aos Romanos


1Cor
1ª Epístola aos Coríntios


2Cor
2ª Epístola aos Coríntios


Gl
Epístola aos Gálatas


Ef
Epístola aos Efésios


Fl
Epístola aos Filipenses


Cl
Epístola aos Colossenses


1Ts
1ª Epístola aos Tessalonicenses


2Ts
2ª Epístola aos Tessalonicenses


1Tm
1ª Epístola a Timóteo


2Tm
2ª Epístola a Timóteo


Tt
Epístola a Tito


Fm
Epístola a Filemon


Hb
Epístola aos Hebreus


Tg
Epístola de Tiago


1Pd
1ª Epístola de Pedro


2Pd
2ª Epístola de Pedro


1Jo
1ª Epístola de João


2Jo
2ª Epístola de João


3Jo
3ª Epístola de João


Jd
Epístola de Judas

Profético
Ap
Apocalipse de João

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

.A CARTA DA TERRA


UNESCO (*)
PREÂMBULO
Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que no meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que, nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações.
Terra, Nosso Lar
A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, nosso lar, está viva com uma comunidade de vida única. As forças da natureza fazem da existência uma aventura exigente e incerta, mas a Terra providenciou as condições essenciais para a evolução da vida. A capacidade de recuperação da comunidade da vida e o bem-estar da humanidade dependem da preservação de uma biosfera saudável com todos seus sistemas ecológicos, uma rica variedade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar limpo. O meio ambiente global com seus recursos finitos é uma preocupação comum de todas as pessoas. A proteção da vitalidade, diversidade e beleza da Terra é um dever sagrado.
A Situação Global
Os padrões dominantes de produção e consumo estão causando devastação ambiental, redução dos recursos e uma massiva extinção de espécies. Comunidades estão sendo arruinadas. Os benefícios do desenvolvimento não estão sendo divididos equitativamente e o fosso entre ricos e pobres está aumentando. A injustiça, a pobreza, a ignorância e os conflitos violentos têm aumentado e é causa de grande sofrimento. O crescimento sem precedentes da população humana tem sobrecarregado os sistemas ecológico e social. As bases da segurança global estão ameaçadas. Essas tendências são perigosas, mas não inevitáveis.
Desafios Para o Futuro
A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros, ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida. São necessárias mudanças fundamentais dos nossos valores, instituições e modos de vida. Devemos entender que quando as necessidades básicas forem atingidas, o desenvolvimento humano é primariamente ser mais, não, ter mais. Temos o conhecimento e a tecnologia necessários para abastecer a todos e reduzir nossos impactos ao meio ambiente. O surgimento de uma sociedade civil global está criando novas oportunidades para construir um mundo democrático e humano. Nossos desafios ambientais, econômicos, políticos, sociais e espirituais estão interligados e juntos podemos forjar soluções includentes.
Responsabilidade Universal
Para realizar estas aspirações devemos decidir viver com um sentido de responsabilidade universal, identificando-nos com toda a comunidade terrestre bem como com nossa comunidade local. Somos ao mesmo tempo cidadãos de nações diferentes e de um mundo no qual a dimensão local e global estão ligadas. Cada um comparte responsabilidade pelo presente e pelo futuro, pelo bem estar da família humana e do grande mundo dos seres vivos. O espírito de solidariedade humana e de parentesco com toda a vida é fortalecido quando vivemos com reverência o mistério da existência, com gratidão pelo presente da vida, e com humildade considerando o lugar que ocupa o ser humano na natureza.
Necessitamos com urgência de uma visão de valores básicos para proporcionar um fundamento ético à emergente comunidade mundial. Portanto, juntos na esperança, afirmamos os seguintes princípios, todos interdependentes, visando um modo de vida sustentável como critério comum, através dos quais a conduta de todos os indivíduos, organizações, empresas de negócios, governos e instituições transnacionais será guiada e avaliada.
PRINCÍPIOS
I. RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DE VIDA
1. Respeitar a Terra e a vida em toda sua diversidade.
a. Reconhecer que todos os seres são interligados e cada forma de vida tem valor, independentemente do uso humano.
b. Afirmar a fé na dignidade inerente de todos os seres humanos e no potencial intelectual, artístico, ético e espiritual da humanidade.
2. Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor.
a. Aceitar que com o direito de possuir, administrar e usar os recursos naturais vem o dever de impedir o dano causado ao meio ambiente e de proteger o direito das pessoas.
b. Afirmar que o aumento da liberdade, dos conhecimentos e do poder comporta responsabilidade na promoção do bem comum.
3. Construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas, sustentáveis e pacíficas.
a. Assegurar que as comunidades em todos níveis garantam os direitos humanos e as liberdades fundamentais e dar a cada uma a oportunidade de realizar seu pleno potencial.
b. Promover a justiça econômica propiciando a todos a consecução de uma subsistência significativa e segura, que seja ecologicamente responsável.
4. Garantir a generosidade e a beleza da Terra para as atuais e as futuras gerações.
a. Reconhecer que a liberdade de ação de cada geração é condicionada pelas necessidades das gerações futuras.
b. Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apoiem, a longo termo, a prosperidade das comunidades humanas e ecológicas da Terra.
Para poder cumprir estes quatro extensos compromissos, é necessário:
II. INTEGRIDADE ECOLÓGICA
5. Proteger e restaurar a integridade dos sistemas ecológicos da Terra, com especial preocupação pela diversidade biológica e pelos processos naturais que sustentam a vida.
a. Adotar planos e regulações de desenvolvimento sustentável em todos os níveis que façam com que a conservação ambiental e a reabilitação sejam parte integral de todas as iniciativas de desenvolvimento.
b. Estabelecer e proteger as reservas com uma natureza viável e da biosfera, incluindo terras selvagens e áreas marinhas, para proteger os sistemas de sustento à vida da Terra, manter a biodiversidade e preservar nossa herança natural.
c. Promover a recuperação de espécies e ecossistemas em perigo.
d. Controlar e erradicar organismos não-nativos ou modificados geneticamente que causem dano às espécies nativas, ao meio ambiente, e prevenir a introdução desses organismos daninhos.
e. Manejar o uso de recursos renováveis como a água, solo, produtos florestais e a vida marinha com maneiras que não excedam as taxas de regeneração e que protejam a sanidade dos ecossistemas.
f. Manejar a extração e uso de recursos não renováveis como minerais e combustíveis fósseis de forma que diminua a exaustão e não cause sério dano ambiental.
6. Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção ambiental e quando o conhecimento for limitado, tomar o caminho da prudência.
a. Orientar ações para evitar a possibilidade de sérios ou irreversíveis danos ambientais mesmo quando a informação científica seja incompleta ou não conclusiva.
b. Impôr o ônus da prova àqueles que afirmam que a atividade proposta não causará dano significativo e fazer com que os grupos sejam responsabilizados pelo dano ambiental.
c. Garantir que a decisão a ser tomada se oriente pelas conseqüências humanas globais, cumulativas, de longo termo, indiretas e de longa distância.
d. Impedir a poluição de qualquer parte do meio ambiente e não permitir o aumento de sustâncias readioativas, tóxicas ou outras substâncias perigosas.
e. Evitar que atividades militares causem dano ao meio ambiente.
7. Adotar padrões de produção, consumo e reprodução que protejam as capacidades regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar comunitário.
a. Reduzir, reutilizar e reciclar materiais usados nos sistemas de produção e consumo e garantir que os resíduos possam ser assimilados pelos sistemas ecológicos.
b. Atuar com restrição e eficiência no uso de energia e recorrer cada vez mais aos recursos energéticos renováveis como a energia solar e a do vento.
c. Promover o desenvolvimento, a adoção e a transferência equitativa de tecnologias ambientais saudáveis.
d. Incluir totalmente os custos ambientais e sociais de bens e serviços no preço de venda e habilitar aos consumidores identificar produtos que satisfaçam as mais altas normas sociais e ambientais.
e. Garantir acesso universal ao cuidado da saúde que fomente a saúde reprodutiva e a reprodução responsável.
f. Adotar estilos de vida que acentuem a qualidade de vida e o suficiente material num mundo finito.
8. Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover a troca aberta e uma ampla aplicação do conhecimento adquirido.
a. Apoiar a cooperação científica e técnica internacional relacionada à sustentabilidade, com especial atenção às necessidades das nações em desenvolvimento.
b. Reconhecer e preservar os conhecimentos tradicionais e a sabedoria espiritual em todas as culturas que contribuem para a proteção ambiental e o bem-estar humano.
c. Garantir que informações de vital importância para a saúde humana e para a proteção ambiental, incluindo informação genética, estejam disponíveis ao domínio público.
III. JUSTIÇA SOCIAL E ECONÔMICA
9. Erradicar a pobreza como um imperativo ético, social, econômico e ambiental.
a. Garantir o direito à água potável, ao ar puro, à segurança alimentar, aos solos não contaminados, ao abrigo e saneamento seguro, distribuindo os recursos nacionais e internacionais requeridos.
b. Prover cada ser humano de educação e recursos para assegurar uma subsistência sustentável, e dar seguro social [médico] e segurança coletiva a todos aqueles que não são capazes de manter-se a si mesmos.
c. Reconhecer ao ignorado, proteger o vulnerável, servir àqueles que sofrem, e permitir-lhes desenvolver suas capacidades e alcançar suas aspirações.
10. Garantir que as atividades econômicas e instituições em todos os níveis promovam o desenvolvimeto humano de forma eqüitativa e sustentável.
a. Promover a distribuição eqüitativa da riqueza dentro e entre nações.
b. Incrementar os recursos intelectuais, financeiros, técnicos e sociais das nações em desenvolvimento e aliviar as dívidas internacionais onerosas.
c. Garantir que todas as transações comerciais apoiem o uso de recursos sustentáveis, a proteção ambiental e normas laborais progressistas.
d. Exigir que corporações multinacionais e organizações financeiras internacionais atuem com transparência em benefício do bem comum e responsabilizá-las pelas conseqüências de suas atividades.
11. Afirmar a igualdade e a eqüidade de gênero como pré-requisitos para o desenvolvimento sustentável e assegurar o acesso universal à educação, ao cuidado da saúde e às oportunidades econômicas.
a. Assegurar os direitos humanos das mulheres e das meninas e acabar com toda violência contra elas.
b. Promover a participação ativa das mulheres em todos os aspectos da vida econômica, política, civil, social e cultural como parceiros plenos e paritários, tomadores de decisão, líderes e beneficiários.
c. Fortalecer as famílias e garantir a segurança e a criação amorosa de todos os membros da família.
12. Defender, sem discriminação, os direitos de todas as pessoas a um ambiente natural e social, capaz de assegurar a dignidade humana, a saúde corporal e o bem-estar espiritual, dando especial atenção aos direitos dos povos indígenas e minorias.
a. Eliminar a discriminação em todas suas formas, como as baseadas na raça, cor, gênero, orientação sexual, religião, idioma e origem nacional, étnica ou social.
b. Afirmar o direito dos povos indígenas à sua espiritualidade, conhecimentos, terras e recursos, assim como às suas práticas relacionadas a formas sustentáveis de vida.
c. Honrar e apoiar os jovens das nossas comunidades, habilitando-os para comprir seu papel essencial na criação de sociedades sutentáveis.
d. Proteger e restaurar lugares notáveis, de significado cultural e espiritual.
IV. DEMOCRACIA, NÃO VIOLÊNCIA E PAZ
13. Fortalecer as instituições democráticas em todos os níveis e proporcionar-lhes transparência e prestação de contas no exercício do governo, a participação inclusiva na tomada de decisões e no acesso à justiça.
a. Defender o direito a todas as pessoas de receber informação clara e oportuna sobre assuntos ambientais e todos os planos de desenvolvimento e atividades que poderiam afetá-las ou nos quais tivessem interesse.
b. Apoiar sociedades locais, regionais e globais e promover a participação significativa de todos os indivíduos e organizações na toma de decisões.
c.  Proteger os direitos à liberdade de opinião, de expressão, de assembléia pacífica, de associação e de oposição [ou discordância].
d. Instituir o acesso efetivo e eficiente a procedimentos administrativos e judiciais independentes, incluindo mediação e retificação dos danos ambientais e da ameaça de tais danos.
e. Eliminar a corrupção em todas as instituições públicas e privadas.
f. Fortalecer as comunidades locais, habilitando-as a cuidar dos seus próprios ambientes e designar responsabilidades ambientais a nível governamental onde possam ser cumpridas mais efetivamente.
14. Integrar na educação formal e aprendizagem ao longo da vida os conhecimentos, valores e habilidades necessárias para um modo de vida sustentável.
a. Oferecer a todos, especialmente a crianças e jovens, oportunidades educativas que os habilite a contribuir ativamente para o desenvolvimento sustentável.
b. Promover a contribuição das artes e humanidades assim como das ciências na educação sustentável.
c. Intensificar o papel dos meios de comunicação de massas no sentido de aumentar a conscientização dos desafios ecológicos e sociais.
d. Reconhecer a importância da educação moral e espiritual para uma subsistência sustentável.
15. Tratar todos os seres vivos com respeito e consideração.
a. Impedir crueldades aos animais mantidos em sociedades humanas e diminuir seus sofrimentos.
b. Proteger animais selvagens de métodos de caça, armadilhas e pesca que causem sofrimento externo, prolongado ou evitável.
c. Evitar ou eliminar ao máximo possível a captura ou destruição de espécies que não são o alvo [ou objetivo].
16. Promover uma cultura de tolerância, não violência e paz.
a. Estimular e apoiar os entendimentos mútuos, a soliedariedade e a cooperação entre todas as pessoas, dentro e entre nações.
b. Implementar estratégias amplas para prevenir conflitos violentos e usar a colaboração na resolução de problemas para manejar e resolver conflitos ambientais e outras disputas.
c. Desmilitarizar os sistemas de segurança nacional até chegar ao nível de uma postura não provocativa da defesa e converter os recursos militares em propósitos pacíficos, incluindo restauração ecológica.
d. Eliminar armas nucleares, biológicas e tóxicas e outras armas de destruição de massa.
e. Asegurar que o uso de espaços orbitais e exteriores mantenham a proteção ambiental e a paz.
f. Reconhecer que a paz é a integridade criada por relações corretas consigo mesmo, com outras pessoas, outras culturas, outras vidas, com a Terra e com o grande Todo do qual somos parte.
O CAMINHO ADIANTE
Como nunca antes na história o destino comum nos conclama a buscar um novo começo. Tal renovação é a promessa dos princípios da Carta da Terra. Para cumprir esta promessa, temos que comprometer-nos a adotar e promover os valores e objetivos da Carta.
Isto requer uma mudança na mente e no coração. Requer um novo sentido de interdependência global e de responsabilidade universal. Devemos desenvolver e aplicar com imaginação a visão de de um modo de vida sustentável a nível local, nacional, regional e global. Nossa diversidade cultural é uma herança preciosa e diferentes culturas encontrarão suas próprias e distintas formas de realizar esta visão. Devemos aprofundar e expandir o diálogo global gerado pela Carta da Terra, porque temos muito que aprender da continuada busca de verdade e de sabedoria.
A vida muitas vezes envolve tensões entre valores importantes. Isto pode significar escolhas difíceis. Porém necessitamos encontrar caminhos para harmonizar a diversidade com a unidade, o exercício da liberdade com o bem comum, objetivos de curto prazo com metas de longo prazo. Todo indivíduo, família, organização e comunidade têm um papel vital a desempenhar. As artes, as ciências, as religiões, as instituições educativas, os meios de comunicação, as empresas, as organizações não governamentais e os governos são todos chamados a oferecer uma liderança criativa. A parceria entre governo, sociedade civil e empresa é essencial para uma governabilidade efetiva.
Para construir uma comunidade global sustentável, as nações do mundo devem renovar seu compromisso com as Nações Unidas, cumprir com suas obrigações respeitando os acordos internacionais existentes e apoiar a implementação dos princípios da Carta da Terra junto com um instrumento internacional legalmente vinculante com referência ao ambiente e ao desenvolvimento.
Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova reverência face à vida, por um compromisso firme de alcançar a sustentabilidade, pela rápida luta pela justiça e pela paz e pela alegre celebração da vida.
 NOTA
(*) No dia 14 de março de 2000 na Unesco em Paris foi aprovada depois de 8 anos de discussões em todos os continentes, envolvendo 46 países e mais de cem mil pessoas, desde escolas primárias, esquimós, indígenas da Austrália,do Canadá e do Brasil, entidades da sociedade civil, até grandes centros de pesquisa, universidades e empresas e religiões a Carta da Terra. Ela deverá ser apresentada e assumida pela ONU no ano 2002 com o mesmo valor da Declaração dos Direitos Humanos. Por ela poder-se-ão agarrar os agressores da dignidade da  Terra, os Pinochets anti-ecológicos em qualquer parte do mundo e levá-los aos tribunais. Na Comissão de Redação estavam  Mikhail Gorbachev, Maurice Strong, Steven Rockfeller, Mercedes Sosa, Leonardo Boff e outros. Aqui segue a Carta para ser discutida em todos os âmbitos.