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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2013.3



CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2013.
PRIMEIRA PARTE: FRATERNIDADE E JUVENTUDE
UM OLHAR SOBRE NOSSA REALIDADE JUVENIL
A MUDANÇA DE ÉPOCA E A JUVENTUDE
Nossa era é marcada por intensas e profundas mudanças: não se trata somente de uma época de mudanças, mas de uma mudança de época.
ÉPOCA DE MUDANÇA OU MUDANÇA DE ÉPOCA?
As tradicionais maneiras de compreender o mundo e a maneira de bem viver, já não são aceitas pelas novas gerações. Dessa forma onde existiam valores bem definidos, hoje não existem. Há uma diversidade de propostas.
          As mudanças atingem todos os campos da atividade humana, até a religião. Essa realidade gera uma grande crise de sentido.
          As pessoas, ficam atordoadas com o ritmo acelerado da história e desnorteadas, porque não podem confiar mais nos seus valores.  
          O sistema econômico neoliberal leva as pessoas a muitas cobranças e a uma competição enorme. Assim, os projetos de vida giram em torno a realização profissional. O casamento e o serviço à comunidade deixam de ser a razão da felicidade.
          As relações não acontecem mais na gratuidade, só na base da utilidade (indiferença em relação ao outro: apatia).
          Individualismo e afetividade narcisista: o relacionamento na base do prazer imediato, e cada vez menos, busca-se o compromisso permanente com os outros.
          A ERA DO NARCISISMO
          Muda-se a relação entre homens e mulheres, que se torna descompromissada e pouco estável: o mercado incentiva o hedonismo.
          Papel dos pais e pela escola X meios de comunicação de massa. A mídia impõe uma cultura homogênea, do passageiro e descartável. O que se valoriza é somente a boa aparência no espetáculo da vida.
          Consciência pobre do mistério do ser humano e da sua existência: o indivíduo sozinho age com a sua vontade e liberdade.
          “Aproveitar a felicidade no presente”: sem normas sobre o bem e o mal, sem compromisso com a história e a sociedade, num mundo fantasioso.
          Um dos aspectos positivos dessa transformação cultural é a valorização da pessoa.
          O rápido avanço tecnológico cria muitas possibilidades para o conhecimento e para a comunicação. Os jovens desenvolvem suas ideias e trocam experiências. O mundo, a informação, as oportunidades se tornam mais acessíveis.
          Ativismo privado: marca do protagonismo jovem hoje. Há a decepção com a política, e o envolvimento em ações concretas e imediatas, e cada vez menos nas iniciativas públicas.
          .A partir dos novos temas do novo milênio e das tecnologias de comunicação, envolvem-se e atuam nos espaços esportivos, ambientalistas, religiosos, culturais, redes sociais e outros.
CULTURA MIDIÁTICA E JUVENTUDE
CULTURA MIDIÁTICA: O QUE É?
          A cultura midiática é um processo comunicacional que se realiza pelos chamados Meios de Comunicação de Massa: jornais, revistas, rádio, televisão, internet...
          Com a informática, surgem novos agentes de comunicação: os jovens, que só recebiam a informação de modo passivo, passam a dominar as novas tecnologias.
          A internet cria uma aldeia global que possibilita a interação com um número muito grande de pessoas (REDES SOCIAIS).
          O novo jeito de o jovem interagir tem suas raízes nessa comunicação em rede. O jovem quer ser visto, ouvido, considerado. Quer formar grupos de afinidade, quer interagir cada vez mais com os outros.
          Jovens querem ser autores e participantes dos processos de relacionamento. As pessoas, as escolas, as empresas, com isso, têm valorizado mais o ser humano, a criatividade e o talento dos indivíduos. Estes buscam cada vez mais a valorização de si mesmos.
          As novas tecnologias e a vida familiar: nas grandes cidades, família é um grupo de pessoas que moram juntas e que se isolam diante da TV ou do computador. Por outro lado, os pais não impõem a educação, mas devem dialogar com filhos bem informados.
          Os jovens exigem interatividade: exigem um falar e um ouvir, um ouvir e um falar. São protagonistas na música, na arte, no esporte, no trabalho, na educação e exigem ambientes onde haja colaboração, transparência, competência, inovação e engajamento.
          A geração juvenil tem se organizado pelas novas mídias e redes sociais (blog, twitter, facebook, e-mails): defesa dos seus direitos, da natureza, da qualidade de vida, campanhas, organizações e associações, voluntariado, conhecimento de outras nações e culturas: sensibilidade em relação aos problemas globais e um novo ativismo social.
          Os jovens dessa geração midiática e tecnológica, não abandonam a fé. Na Igreja, porém, como em tudo, desejam ser ouvidos e querem ser participantes. Sua vida de oração, os desejos de viver e amar, sua solidariedade e sua pertença à comunidade, passa pela individualidade.
          Para a Igreja, a utilização das redes sociais aproxima os jovens da missão de evangelizar a todas as gentes. Ela quer fazer da rede um lugar de encontro entre as pessoas que buscam a mensagem de Deus e os que as ajudam a encontrá-la.
          É necessária uma atitude educativa com os jovens que dialogue com eles. Dentro do universo midiático, muitos jovens fazem suas escolhas de vida e de fé, sentem-se atraídos pelos valores testemunhados, fazem escolhas vocacionais e se empenham no estudo.
O FENÔMENO JUVENIL
Nesse momento de grandes mudanças, os jovens são modelo de beleza, de vigor, de saúde de liberdade e muitos estão se identificando com o mundo novo. Mas nos assusta, o modo como os jovens tem sido apresentados como violentos, descompromissados, desordeiros, libertinos e voltados às drogas.
FORMAÇÃO DA SUBJETIVIDADE
          Os seres humanos não nascem prontos, mas se recriam de acordo com o que vivem e experimentam em suas vidas. Eles formam a sua subjetividade, isto é, sua vida, sua pessoa, o seu eu, a partir da maneira como se relacionam com as pessoas e com o mundo.
          Por isso, devemos nos perguntar: o que temos oferecido aos nossos jovens, nas famílias, nas escolas, nas comunidades, nos grupos sociais, para que eles possam formar-se pessoas sadias, abertas e valorizadoras da vida?
PLURALIDADE ENTRE OS JOVENS
          Os jovens não se organizam mais em bloco, mas se organizam em pequenos grupos. Reúnem-se de acordo com seus gostos, costumes ou ideologias. A juventude é cada vez mais plural.
          Hoje há vários lugares e tipos de pertença católica, de acordo com o gosto e identificação afetiva do sujeito. Existem vários grupos afetivos, vários movimentos, pastorais, novas comunidades e congregações religiosas.
          Os jovens demonstram entusiasmo pela vida, por isso muitos fazem parte de grupos juvenis e de atividades coletivas, por projetos ou bandeiras comuns. Alguns transitam por vários grupos e tribos (roqueiros, hippies, punks, góticos, manos, rappers, clubbers, emos, etc.).
JOVENS E GRUPOS RELIGIOSOS
          Os grupos religiosos são os que mais agregam jovens. Muitos querem propostas radicais na relação com o sobrenatural. Muitos encontram nas Igrejas, espaço de agregação e sociabilidade e se sentem atraídos por ações caritativas, de lazer e de música.
          Os jovens permanecem nos nossos ambientes se encontram espaços, pessoas e situações que os ajudem nas suas buscas religiosas.
          Alguns permanecem no nosso ambiente, mas vêm só à missa dominical, por exemplo.
          As iniciativas solidárias e propostas de encontro, bem preparadas e motivadas, têm atraído muitos jovens (ex: DNJ, peregrinação da cruz e do ícone de Nossa Senhora, JMJ, etc.).
          Muitos jovens, apesar da vida exigente de trabalho e estudo, não medem esforços para servir os irmãos, nos fins de semana.
          Outras formas de agregação: os grupos ecológicos; os grupos de identidade (negros, índios, portadores de deficiência e outros); os grupos que se posicionam contra a globalização; os grupos folclóricos e artísticos; os grupos das redes sociais.
AS DESIGUALDADES E A JUVENTUDE
          As condições de vida oferecidas aos jovens são desiguais. Há desigualdade de renda familiar, de condições raciais, de acesso às vantagens do mundo urbano, de gênero, de escolaridade, de direitos dos jovens de comunidades negras, indígenas ou rurais ou, ainda, em relação à violência e à proporção de mortes no trânsito.
EXCLUSÃO SOCIAL E VIOLÊNCIA
          A juventude se sente vulnerável em relação a nossa estrutura social geradora de desigualdade e exclusão e de violência. A imagem da juventude muitas vezes é ligada à violência e assusta o número de mortes jovens no país.
EXCLUSÃO DIGITAL E RISCOS DA INTERNET
          Preocupa também a imensa desigualdade em relação à conexão com as novas tecnologias. 65% dos domicílios não têm computador e 73% não tem acesso à internet, e a velocidade média das que possuem é muito lenta.
          Internet, virtual e real se confundem: pedofilia, tráfico de pessoas, invasão de privacidade, difusão de ideologias como violência, vigorexia, bulimia, anorexia, bulling, consumo de drogas, preconceito, pornografia, aborto, etc.
POLÍTICAS PÚBLICAS E JUVENTUDE
          Conselho Nacional da Juventude (CONJUVE), Programa Nacional da Inclusão de Jovens (PROJOVEM).
          São necessárias políticas públicas referentes ao trabalho, à cultura, à educação, ao esporte, ao lazer, ao meio ambiente, à vida segura, à saúde e várias outras demandas, de fundamental importância.
          Os jovens têm como dever desenvolverem a consciência política e exercerem o olhar crítico. Devem ser protagonistas para a efetivação dos seus direitos e a transformação de toda a sociedade.
ACOMPANHAMENTO DA IGREJA
          Na Igreja é preciso abrir espaços de diálogo sobre os direitos e a participação dos jovens nas comunidades. Muitas vezes, as lideranças adultas não garantem o acompanhamento necessário aos jovens.
          Também não são raros os grupos que caminham à parte e dos planos da diocese, quando deveriam promover a comunhão.           

          APONTAMENTOS
          AFETIVIDADE/ FAMÍLIA
          EDUCAÇÃO/APRENDIZAGEM
          SOCIEDADE/POLÍTICA
          IGREJA/ESPIRITUALIDADE
          VOCAÇÃO/MUNDO DO TRABALHO